quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Mata Atlântica Projetada Na Fachada Do Maes

Fachada do Museu de Artes do Espírito Santo (Maes) terá imagens projetadas da Mata Atlântica.

 

Por Rosane Freitas

Foto: Pedro Karg

 

Quem estiver passando pelo Centro de Vitória amanhã, 12, às 18 horas, poderá conferir uma ação diferenciada no Museu de Artes do Espírito Santo (Maes), que fica na avenida Jerônimo Monteiro. Em sua fachada, serão projetadas imagens feitas na Mata Atlântica (Caparaó).

A projeção faz parte da programação da Residência das Plantas, realizada pela designer educadora Juliana Colli e um criativo grupo de artistas de várias partes do país e tem como proposta promover um “diálogo sobre o tema arte-natureza com a instituição”. O projeto é resultado de seis meses de intenso trabalho envolvendo 15 artistas brasileiros, 15 dias de imersão em meio à Mata Atlântica, muitas pesquisas e debates.

Além da projeção na fachada, a programação contará, ainda, com bate-papos públicos, nos dias 12 e 13, a partir das 19 horas, entre os idealizadores da Residência e artistas convidados (Uyra e Charlene Bicalho, uma a cada dia), com transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).

 

Projeto inovador

Considerado um projeto-piloto de arte educação e arte natureza, a “Residência das Plantas” está sendo executada com recursos da Lei Aldir Blanc. Foi iniciada em janeiro deste ano e agora está sendo finalizada.

Sua produção contou com duas imersões. A primeira no início do ano, na Serra do Caparaó. Durante 20 dias, um grupo de 10 artistas de várias partes do país participou de uma residência artística, em meio à mata, com acompanhamento e suporte de cinco artistas-moradores da região. Lá produziram arte tendo a natureza como inspiração.

A segunda imersão, em formato digital e com cada participante em sua casa, contou com debates, amadurecimento e refinamento dos processos criativos.

A partir de toda essa experiência, o grupo criou quatro produtos que serão apresentados para o público amanhã e sexta-feira: um site, um vídeo, material educativo e um catálogo.

“Nossa proposta tem cunho educativo. Queremos estimular as pessoas a pensarem sobre as questões de sustentabilidade do planeta sob o viés da arte e, ainda, reforçar a construção da coletividade”, explicou Juliana. A designer acrescentou que a “Residência das Plantas” vem sendo construída há algum tempo, a partir de pesquisas e interesses convergentes com dois amigos artistas: Camila Torres e Luís Filipe Porto. “Os recursos da Aldir Blanc estão nos possibilitando colocar em prática um monte de vontades, além, é claro, de poder sistematizar essa pesquisa”, explicou.

Banda Suindara

As integrantes da banda capixaba Suindara (@suindaraoficial) – Aline Maria, Laissa Gamarro e Relva Rodrigues – foram anfitriãs e convidadas da residência artística. Um dos produtos gerados por Juliana Colli e seu grupo, inclusive, traz músicas inéditas e autorais da banda.

Moradoras da região da Serra do Caparaó, as artistas da Suindara estão gravando seu primeiro EP. Elas trabalham canções com mensagens de paz e amor universais, e elementos como ancestralidade e xamanismo. As músicas relembram o passado, consagram o presente e zelam pelo futuro da humanidade em comunhão com a natureza e toda a sua diversidade.

 

Programação de apresentação da Residência das Plantas

Dia 12 de agosto (quinta-feira)

18 horas: projeção de imagens feitas na Mata Atlântica (Caparaó) na fachada do Museu, propondo um diálogo sobre o tema arte-natureza com a instituição (evento presencial, sem transmissão ao vivo).

19 horas: bate-papo público entre os idealizadores da Residência e o Museu com a participação da convidada Uyra (transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).

Dia 13 de agosto (sexta-feira)

19 horas: bate-papo público entre os idealizadores da Residência e a artista convidada Charlene Bicalho (transmissão virtual, ao vivo, pelo YouTube da Secult-ES).

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